Crônica

Freud

O sonho foi assim. Havia uma grande mesa e era claro pra mim que pessoas estavam jantando, mas mais do que isso, era uma espécie de celebração. Fui logo perceber que na verdade se tratava de uma despedida. Na cabeceira dessa grande mesa, uma mulher. Uma senhora com fáceis 90 anos de idade, cada um deles identificado no rosto, no corpo, na testa avantajada e nos longos e ralos cabelos brancos amarrados num rabo de cavalo. Ela parecia a Nicole Kidman, fazia lembrar ao menos. Ela diz coisas para as pessoas. Não consigo ouvir. Aí então finalmente me faço presente nessa história. Meu peito dói tanto ali que parece que vai explodir de verdade. Digo: “Eu vou perder você de novo!” Abraço a velhinha com força, sinto seu corpo fraco, seus ossos saltando da vida, beijo a velhinha que agora não é mais velhinha. Acordo com o coração acelerado e uma puta tristeza do tipo sozinho de novo ou pior perdi de novo ou quem sabe as duas coisas juntas ao mesmo tempo agora.

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